quinta-feira, 27 de março de 2014

PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA



A procura por um atendimento diferenciado, fora do ambiente escolar, fez surgir um profissional que conseguisse responder pelos problemas vinculados ao aprendizado e as necessidades individuais do sujeito, a Psicopedagogia Clínica.
O psicopedagogo clínico analisa o sujeito no seu individual, isto é, não trabalha com o coletivo. Por meio de análise, busca encontrar um sentido para o não aprender deste sujeito, podendo ser emocional, social ou afetivo.
Para Bossa (1994, p.73), o sujeito pode não aprender por vários motivos:

uma escola inadequada, a separação dos pais, o nascimento de um irmão, uma doença na família, a morte de um animalzinho de estimação e muitas outras ocorrências traumáticas que, não elaboradas pelo sujeito, podiam comprometer o seu processo de aprendizagem.

O psicopedagogo que trabalha na clínica precisa estar capacitado para atender o sujeito na sua relação pessoal como social, isto é, com pensa, age, como foi o seu histórico de vida e como este está inserido na sociedade.
Na clínica, o profissional atua como terapeuta, pois é na escuta atenta da palavra do paciente, buscando compreender o seu “sofrimento”, que ele irá recriar seu espaço de volta. Entretanto, esta escuta é imparcial, não há preconceitos, julgamentos ou depreciações.
O psicopedagogo clínico parte além do relato do sujeito, dos relatos dos familiares, dos membros da escola e outros que se fizerem necessários, desde que fazem parte da sua história.
  Nesta atuação, o psicopedagogo clínico não está só, de acordo com Beyer (2007,p.5) o psicopedagogo não trabalha sozinho, dependendo de parcerias com profissionais de outras áreas como: a Psicologia, a Neurologia, a Medicina e quais outras se fizerem necessárias pra o caso a ser atendido.
Bossa (1994, p.74) salienta que o psicopedagogo busca não só compreender o porquê de o sujeito não aprender algumas coisas, mas o que ele pode aprender e como. Este processo se dá no diagnóstico, o qual o profissional fica a par da realidade do sujeito, depois ele procede com a intervenção, isto é, mecanismos que possam ajudar na compreensão e entendimento da dificuldade de aprendizagem.
Cabe ressaltar, que o psicopedagogo que atua em clínica não pode dar diagnóstico, ele apenas atua na reeducação dos conhecimentos deste sujeito, buscando método para a professora de sala trabalhar, jogos lúdicos que expressam suas dificuldades, situações em que o sujeito demonstra suas impossibilidades.
É interessante salientar que

além de entrevistas, anamnese, o psicopedagogo utiliza também provas psicomotoras, provas de linguagem, provas de nível mental, provas pedagógicas, provas de percepção, provas projetivas e outras, conforme o referencial teórico que o profissional abordar. (BOSSA, 1994, p. 76)

É a partir destes instrumentos que o psicopedagogo intervirá para sanar os problemas de dificuldade de aprendizagem.

Este profissional tão procurado nos dias atuais por ser fora do espaço escolar e sendo outra alternativa de atendimento individualizado é de suma importância para a reeducação do sujeito, pois busca por meio de instrumentos escutar, identificar e tratar a dificuldade que impede o sucesso do sujeito dentro do convívio social, escolar e afetivo.

Cada um a sua Maneira

Sabemos que as pessoas diferem umas das outras em vários aspectos, uns mais visíveis e outros nem tanto, como é o caso da aprendizagem. Cada um de nós é um ser único.
Por isso, não podemos compreender como as pessoas aprendem somente baseando-nos em teorias de educação, a maioria delas, tratando a aprendizagem como um processo vivenciado por todos da mesma maneira. Elas procuram o que todos temos em comum quando aprendemos. Não se trata de negar as valiosas contribuições destas teorias para uma compreensão mais geral dos processos de aprendizagem, mas queremos ir além,
procuramos entender no que diferimos uns dos outros quando aprendemos.

O Trabalho Psicopedagógico

O psicopedagogo clínico analisa o sujeito no seu individual, isto é, não trabalha com o coletivo. Por meio de análise, busca encontrar um sentido para o não aprender deste sujeito, podendo ser emocional, social ou afetivo.

Durante a avaliação diagnóstica é possível identificar as possíveis causas  da dificuldade que o indivíduo apresenta, sendo ele, criança, adolescente, jovem ou adulto.